Ele estava lá dentro. Com sua
blusa rosa, seu sorriso manso, lá estava.
Foi todo mundo a chamar: Agripino,
vem cá vê história de moça.
Conta uma, conta duas, venho e
digo:
- E tem um senhor, em um povoado
chamado Alegre, que também me inspirou em contar história. Nos recebeu na casa
dele tempos atrás, e minha homenagem é pequenina, mas de coração.
Vi ele, ali no cantinho, limpando
lágrima de rosto. Sorriso manso, óia, sou eu!
Era, Seu Agripino. Seus pássaros,
sua sala, sua sabedoria mansa e leve, doce e funda.
- É que faço coisa miúda pra modi
que assim todo mundo vê a grandeza que ali habita – disse eu com boneco na mão.
Depois veio ele ver de perto, e eu a ver de perto ele.
Houve riso muito, houve choro
pouco, houve encontro. Eu seguindo, centelha de emoção.
Povoado Alegre, Itaguaçu da Bahia,
Bahia.