Dona Maria – esta de Poções – nos acolheu como da outra vez.
- Vem comer, tomar banho, tomar café - chamava ela.
A gente ia.
- Parece filha distante, agora tenho mais um netinho –
dizia.
Dona Maria – esta de Minas – estava guardada em casa na
chegada. Chegamos com sanfona enquanto as/os moradoras/es se escondiam dentro
das portas e janelas a espiar.
- Quem vem lá?
- Não sei, fecha a porta por garantia.
Quando reconheci casa e chamei na porta veio vulto.
- Aqui é a casa da Dona Maria? Seu Lau?
Era.
- Lembra de mim?
As portas e portões e janelas se abriram todos em seguida:
- A moça! A palhaça!
A apresentação de Brasil Pequeno foi ali, mais tarde. Foi chegando
vizinha, vizinho, que coisa mais linda, olha ali Dona Ibilina, Dona Bil...!
Gente a se emocionar e eu a me emocionar com as gentes.
Depois teve mais conversa com Dona Maria – esta – a elogiar
apresentação.
- Aquela apresentação daquela vez foi bonita, mas esta... eu
gostei mais! Bom demais ver amizade nossa crescendo, se realizando, voltando
pra ver nóis...!
Bom demais foi rever acolhida, carinho, vidas que seguem a
brotar poesia em cotidiano. A inspirar vida, arte, um atrelar de andanças.
Fotografias por Nathália Miranda
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