Tanto calor.
O corpo mesmo a pedir repouso.
Após tanta viagem
mais oficinas mecânicas
ajustes e consertos
chegamos em Mogi das Cruzes.
E fomos ao encontro dela: da Dona Maria, do fusca, de São
Paulo.
Por sorte em caderno antigo havia um endereço que, posto em
GPS, ficou fácil.
- Vire-à-di-rei-ta.
Batemos palmas:
- Ôh, de casa!
Nada. Ninguém. Será que ainda mora aqui?
Depois o perguntar pela vizinhança.
- Dona Maria? Mora ainda aí, sim.
Aguardar.
E depois o saber que chegará tarde, pelas 21h ou 22h, que
foi jogar o bingo dela.
Dona Maria (do fusca) chegou mesmo tarde, de carona (sem
fusca).
- É que me roubaram – disse – tem uns 2 meses.
Falou sentida. Disse ainda ter a janela do carro (aquela,
caída em visita outra). Mas o fusca, este, se foi.
Se foi também há uns 2 anos o marido: Seu Gordo.
Lembro bem dele – da leveza e doçura que carregava.
Se foi.
Ela ficou.
E ficou cheia de energia, alegria, que a vida não está aí
pra doer.
Em reencontro cheio de recordações passado ligeiro feito
calor a brotar em gotículas no peito, a apresentação teve gosto de festa infantil. Doce doce!
Recompensador
Carinhoso
(Re)encontro.
Fotografias por Nathália Miranda
Xícaras (detalhe da apresentação, parceria) por Carol W
Nenhum comentário:
Postar um comentário