segunda-feira, 12 de outubro de 2015

Paranaguá, Paraná






Em Paranaguá-PR o mar fez-se mais que horizonte. Foi em sua zona portuária que se deu a mais significativa das ações deste projeto nesta cidade d’água salgada: o espetáculo Brasil Pequeno Itinerante. Dentre as histórias contadas no mesmo, uma que fora colhida ali, em dia de chuva forte, em prosa com pescador de nome Bide, coisa de seis anos passados.
Ele e ela, Seu Bide e Genifer Gerhardt, viram-se à espera da tempestade que insistia em ficar. Ele pescador. Ela palhaça e bonequeira. Dois viajantes aguardando estiagem para retomada de lidas distintas.

“Menina, tempestade braba é feito tristeza. Ela sempre vem, mas ela sempre vai embora. Cê só tem que segurar bem forte no leme e esperar. Tempestade passa, menina. Tempestade há de passar”.

Em Paranaguá-PR nutrimos apenas desejo de reencontro com o porto, aquele em que, anos atrás, esperaram os dois pelo retorno dos dias de sol. Foi então que, em tarde de chuva branda, boneco e conselho de Bide habitaram aquela mansa beira de mar.
Para alguns em desembarque de pequenos barcos assim como para outros que aguardavam embarcar, Genifer contou da tempestade, da tristeza e do leme que, segundo Seu Bide, todos nós precisamos, em tempos de medo, só segurar.


Texto por Laura Franco








 
Fotografias por Nathália Miranda

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